BIOGRAFIA:
Nascido em Cacongo, Cabinda, Angola, Cristiano Mangovo é o
terceiro de sete irmãos. Filho de um militar — hoje pastor evangélico — e de
uma camponesa, morou com tios e foi criado desde os três anos na República
Democrática do Congo como refugiado.
“Todos na família somos herdeiros de um dom da minha mãe,
que tem muito jeito para o desenho. Até hoje ela continua a desenhar os seus
próprios sonhos. Sou o único da família que, além de ter herdado essa queda
para o desenho, procurei desenvolver os meus estudos em torno da questão
artística”, afirma. O artista destaca, entretanto, que um dos irmãos começa a
seguir o mesmo caminho.
A situação de refugiado de Cristiano foi devido aos
conflitos políticos entre a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda
(FLEC) e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que se estendia
desde a década de 1970.
A FLEC queria a independência de Cabinda e a disputa com a
Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) — que pretendia a Angola unida —
durou anos. “Lembro-me que, mesmo no Congo, em determinados períodos, éramos
perseguidos por questões políticas. Apesar de tudo, a minha família conseguiu
manter um certo equilíbrio até que se realizou a assinatura do acordo da paz”,
aponta o artista.
Cristiano conta que, desde criança, desenhava em qualquer
suporte. “No chão, na parede, em papel, até que, um dia, a minha mãe tomou a
decisão de me inscrever na escola de artes”. Foi quando despertou o
conhecimento e a curiosidade sobre as teorias e os processos envolvidos na
produção artística, levando-o a visitar oficinas e a trabalhar como ajudante de
grandes mestres. Ingressou na Academia de Belas Artes de Kinshasa — capital do
Congo — e completou o bacharelado (licenciatura) em 2007.
Fonte e mais informação em: https://www.conexaolusofona.org/cristiano-mangovo-em-angola/
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